quarta-feira, 12 de maio de 2010

A EVOLUÇÃO DO VESTUÁRIO - 3º ANO


Roupa, também chamada de vestuário ou indumentária, é qualquer objeto usado para cobrir certas partes do corpo. Roupas são usadas por vários motivos. Roupas são usadas por questões sociais, culturais, ou por necessidade. Outros objetos que são carregados ao invés de serem vestidos sobre certas partes do corpo são chamadas de acessórios, como por exemplo, sombrinhas, bolsas e mochilas.
O uso de roupas é considerado na maior parte do mundo como parte do bom senso e da éticavalores sociais, sendo considerada indispensável pela maioria das pessoas, especialmente em lugares públicos. Os materiais utilizados para a confecção das roupas podem ser naturais, tais como algodão, seda ou couro, ou sintéticas, tais como acrílico, por exemplo. 



Pré-história

Não se sabe ao certo quando que o uso de roupas por parte do ser humano começou. Mas acredita-se que o uso de roupas por parte do homem começou e se espalhou provavelmente para providenciar proteção contra fatores naturais e por aparência. Um caçador pré-histórico poderia usar a pele de um urso para mantê-lo quente e/ou como um sinal de força, bravura e habilidade como caçador. Ralf Kittler, Manfred Kayser e Mark Stoneking, antropólogos do Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology, conduziram uma análise genética de espécies de piolhos que possuem preferência pela relativamente escassa pelagem do corpo humano (ao invés da pelagem do couro cabeludo. Tais espécies teriam se originado há cerca de 107 mil anos. Como a pelagem da maior parte dos humanos é relativamente escassa e que piolhos requerem pelagem para sobreviverem estima-se que o uso de roupas por parte dos humanos tenha se iniciado por volta do mesmo período - observando que as roupas deste período se resumem à peles de animais, que no geral possuem uma grossa pelagem. No entanto, um segundo grupo de pesquisadores utilizaram métodos genéticos similares e estimaram que tais espécies de piolhos surgiram há 540 mil anos atrás.
Na Rússia, em 1988, Arqueólogos identificaram agulhas primitivas, feitas com ossos e marfim, que foram feitas há mais de 30 mil anos. Acredita-se que ao final da Idade da Pedra, há 25 mil anos, o uso de roupas já fosse corrente e que a técnica de fabricação de fios já tenha sido dominada, usando pêlos de animais como a ovelha ou fiapos de certas plantas como o algodão. Técnicas na produção de roupas melhoraram gradualmente com o passar do tempo, permitindo eventualmente a conectar pedaços de pele entre si e, assim, formar peças de roupas mais elaboradas.

 Antiguidade

Estátuas fornecem valiosas pistas sobre o vestuário de povos antigos.

Muito do que sabemos sobre estilos de roupas desde o início da antiguidade, que começara há cinco mil anos atrás, e duraria até 400 a.C., vem de desenhos inscritos e pintura em vasos e em paredes, bem como de estátuas. Ao contrário de jóias, que tendem a durar por um bom tempo, visto que são feitas de materiais inorgânicos, poucas roupas da época resistiram aos rigores do tempo. Mesmo assim, algumas peças de roupas resistiram, sob condições especiais, como sob climas muito secos, por exemplo.
Mesmo os desenhos foram lentamente desgastados com o tempo. As cores de tais desenhos e estátuas, ao longo do tempo, foram desgastando-se, dando uma aparência branca ou amarelada para tais itens. Se, por um lado alguns povos realmente usavam roupas brancas, como os egípcios, outros, muito provavelmente, usaram roupas de outras cores, o que exige de especialistas cuidados especiais.
No Egito antigo, poucas pessoas usavam roupas: apenas famílias de alta classe, e mesmo assim, apenas adultos. Roupas indicavam riqueza. Muitas crianças e escravos não usavam nenhuma roupa. Nos tempos primordiais do império, os homens vestiam um tipo de tecido que envolvia o quadril como se fosse uma fralda, ou uma curta saia, e as mulheres, um tipo de vestido, atado às costas e que deixava os seios à mostra. Lentamente, os homens passaram a vestir saias cada vez mais compridas, e os vestidos das mulheres passaram a cobrir os seios. Depois, ambos os homens e as mulheres passaram a usar um tipo de roupa parecido com um "hobby", peças retangulares de tecido, com um buraco no meio para a cabeça. Alguns poucos egípcios calçavam sandálias, mas a maioria andava descalças.
Os persas foram um dos primeiros povos a cortar e ajustar medidas das roupas, em vez de simplesmente vestir pedaços de tecidos. Historiadores acreditam que os persas vestiam roupas que tinham boas medidas (ao contrário dos egípcios) porque isto proporcionava conforto, bem como facilitavam a caça. Os homens persas vestiam calças que se ajustavam firmemente às pernas e túnicas e casacos. As mulheres vestiam-se de maneira similar aos homens. Calçados eram parte do vestuário normal. Este tipo de vestuário depois iria desenvolver-se na Europa ocidental, substituído as túnicas e casacos tradicionais dos gregos e romanos, na Idade Média.

Idade Média

Com o fim do Império Romano, a Europa Ocidental começou a desenvolver-se independentemente do que restava do Império, o Império Romano do Oriente (ou Império Bizantino). Os bizantinos da classe alta vestiam túnicas bem decoradas. Tais túnicas eram feitas de seda e fiapos de ouro, e usavam pérolas e pedras preciosas como decorações. Pessoas de classes mais baixas vestiam túnicas simples. Os imperadores e pessoas da corte usavam também um tipo de manta sobre suas túnicas. Posteriormente, o imperador e a imperatriz passaram a usar um longo tecido em volta dos seus pescoços, como um cachecol, e nobres passaram a usar longas e firmes meia-calças.
Os estilos usados no Império Bizantino influenciavam pesadamente a moda na Europa Ocidental. Pessoas da nobreza européia passaram a usar roupas cada vez mais complicadas e complexas do que as usuais roupas simples de algodão, pêlos e couro. Geralmente as pessoas faziam suas roupas em casa, como sempre fora feito. Mas à medida que as cidades cresciam, pequenas lojas especializadas na fabricação de roupas surgiam. Muito das roupas, então, passou a ser feitas por artesãos. À medida que os artesãos tornavam-se mais habilidosos, a qualidade da roupa crescia. Eles passaram a cortar, ajustar e decorar as roupas que fabricavam em jeitos cada vez mais elaborados. Posteriormente, tais roupas passaram a ser feitas de seda, importada do Extremo Oriente.
Pessoas de classes inferiores vestiam túnicas simples e mantos retangulares. Posterior e lentamente, tais foram substituídas por roupas feitas de acordo com as medidas de cada pessoa. A túnica das mulheres desenvolveu-se num vestido que era firmemente atado na parte superior do corpo. Os homens passaram a usar mangas por baixo de suas túnicas e meias.

Renascimento

Um vestido típico do início do século XVII.
O advento do Renascimento, no século XIV trouxe mudanças no cenário Europeu. As cidades cresciam, o número de comerciantes e artesãos especializados na produção de roupas aumentou, e, com a queda do Império Bizantino, a Europa Ocidental tomaria a liderança na produção de estilos e tendência aplicados à produção de roupas.
Homens passaram a usar roupas mais pesadas na parte superior do corpo. Uma vestimenta masculina típica da época, especialmente entre a nobreza, era um tipo de jaqueta pesada, com uma saia que ficava na região das pernas, até os joelhos. Homens também usavam sapatos cujas pontas ficavam para cima, e dispunham de uma grande variedade de chapéus. Já as mulheres da nobreza passaram a usar altos chapéus, e vestidos floridos e decorados. Os vestidos passaram a ser firmemente atados ao busto. Homens de classes inferiores usavam blusas e calças justas e simples, e as mulheres usavam vestidos simples.
Uma das principais influências na moda européia, no século XVI foi a corte espanhola. Uma das principais tendências por parte dos membros da corte era o uso de grandes colarinhos no pescoço, que ficou em uso por aproximadamente dois séculos. No século XVII, os franceses passaram a dominar a moda na Europa, e roupas usadas pelos nobres franceses eram rapidamente copiadas por outros países (com a exceção da Espanha).
Por outro lado, os puritanos que viviam no Reino Unido, e que teriam vital importância na colonização dos Estados Unidos, não se importavam muito com estilos e tendências, tendo preferência por roupas simples. Os homens mantinham seus cabelos curtos - à época, homens com cabelos normais eram comuns e bem vistos - e usavam calças e roupas simples. As mulheres usavam vestidos longos e simples.

Revolução Industrial

A Revolução Industrial, que começara no Reino Unido no século XIX, revolucionou totalmente os meios de fabricação de roupas. Até então, os tecidos e as roupas eram produzidos manualmente, e por meios artesanais. A criação da spinning jenny, em 1764, pelo britânico James Hargreaves, e, posteriormente, da spinning mule, uma derivada da spinning jenny, em 1798, pelo britânico Samuel Crampton, foram uma das bases da Revolução Industrial. A spinning mule era capaz de fabricar tanto tecido quanto 200 pessoas, usando algumas poucas pessoas como mão de obra. Em 1780, Edmund Cartwright criou uma derivada capaz de se alimentar de uma turbina a vapor. Com tais máquinas disponíveis, fabricantes de roupas industrializadas vendiam roupas a baixos preços. A produção de roupas, ao menos nas grandes cidades, tornara-se quase completamente industrializada. Antigos artesãos que antes lucravam, faliram, e muitas pessoas pararam de fabricar suas roupas em casa.
A moda passou a mudar mais e mais freqüentemente, mas apenas as pessoas ricas podiam se dar ao luxo de adquirir a última tendência da moda. Os franceses continuaram a ditar a moda na Europa até o início da Revolução Francesa, no final do século XVIII, quando a Inglaterra assumiu a dianteira, até o final da Revolução, quando a França retomou a liderança no cenário da moda européia. Dado ao status de riqueza e poder de roupas complexas e elaboradas, ao longo da Revolução, muitos nobres passaram a usar roupas simples, com o medo de serem capturados pelos revolucionários, que os teriam guilhotinado.
Ao longo do século XIX, a industrialização na produção de roupas e tecidos espalhou-se para outros cantos do mundo. A indústria têxtil ficou firmemente estabelecida nos Estados Unidos, França, e, posteriormente, na Alemanha e no Japão. No último, roupas ocidentais lentamente substituíam roupas tradicionais. Porém, muitas pessoas ainda preferiam usar roupas feitas por um artesão, quando podiam pagar por ela. Outras pessoas, especialmente aquelas em lugares isolados, continuaram a fabricar tecidos e roupas em casa.
Gradualmente, ao longo do século XIX, as roupas passaram a ficar mais simples e leves. Camisas, saias (que eram para serem usadas juntas) e calcinhas foram criadas na década de 1870, e logo tornaram-se uma tendência entre mulheres da classe trabalhadora. Jeans passaram a ser usados por mineradores, fazendeiros e caubóis nos Estados Unidos.

Século XX

Vestido de noiva, meados da década de 70.
 
Muitas das roupas criadas nos Estados Unidos e na Europa popularizaram-se em mundialmente.  Aqui, pessoas numa rua japonesa, todas usando roupas ocidentais.
 
No século XX, métodos cada vez melhores na produção industrializada de roupas levaram ao surgimento de várias grandes companhias nos Estados Unidos. Tais roupas eram produzidas em massa, e já estavam prontas para serem usadas. Homens e mulheres tinham acesso a roupas baratas. Isto permitiu que a moda feminina variasse mais do que nunca. Mas roupas masculinas mudaram pouco até a década de 1950.
As mulheres usavam saias longas até 1910. Elas eram firmes embaixo, permitindo pouca liberdade de movimento para a usuária. Com a Primeira Guerra Mundial, que fez com que todo material que pudesse ser economizado fosse economizado, as saias tornaram-se mais curtas e flexíveis. Na 1930, as saias tornaram-se mais largas para ficarem mais curtas novamente com o advento da Segunda Guerra Mundial, que além disso obrigou as pessoas a escolherem roupas melhores para andar de bicicleta, uma vez que o racionamento de gasolina diminuiu a quantidade de automóveis em circulação, e assim o short e a saia-calça ganharam espaço.[1] Livres dos espartilhos que foram frequentemente usados até o final do século XIX, as mulheres ainda usavam grandes vestidos, muito foram populares na década de 1920.[2] Nesta década também fora inventado o sutiã. Na década de 1940, calças ficaram populares entre as mulheres e a silhueta do final dos anos 30, em estilo militar, manteve-se até o final dos conflitos.[3] Na década de 1950, por sua vez, os jeans passaram a ser cada vez mais usados por adolescentes, e a camisa, anteriormente considerada uma roupa interior, estava tornando-se cada vez mais popular entre os homens. Ambos, jeans e camisas, criadas nos Estados Unidos, popularizaram-se mundialmente desde então.[4]
A mídia passou a criar novas tendências a partir da década de 1950, com a popularização da televisão e do cinema. A camisola foi uma roupa criada pela mídia. A variedade de roupas aumentou desde então, tanto para homens quanto para mulheres. Exemplos desta variedade incluem roupas de todas as cores, com inscrições, palavras de protesto. A minissaia foi criada na década de 1960, e roupas esportivas tornaram-se populares na 1980.

 O futuro

  • Materiais sintéticos como nylon, poliéster e lycra já são bastante usados para produzir roupas atualmente. Outros tipos de fibras sintéticas podem ser desenvolvidos, possivelmente usando nanotecnologia. Por exemplo, uniformes militares poderão endurecer se atingidos por balas, filtrar químicos perigosos e tratar ferimentos.
  • "Roupas inteligentes" poderão incorporar eletrônicos, como pequenos computadores, sensores médicos, etc.
  • O laser poderá ser usado para tomar as medidas de um cliente, e um computador desenhará um rascunho, onde o cliente poderá fazer algumas escolhas como cor, tecido etc.
Pudemos concluir que cada região tem o seu jeito de se vestir devido a sua cultura.
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